Acadêmico

Reforma na grade curricular de Produção Cultural é discutida desde 2007

Infra

Projeto propõe revitalização do LabVideo

Facom en Scène

Pós-Com comemora 20 anos de excelência no meio acadêmico
 

Clima de despedidas

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Final de semestre é sempre um momento de despedida. Alunos que se formam, trabalhos que se encerram, turmas que se separam. Neste semestre a Facom se despede da professora Nadja Miranda e com isso podem ter fim as publicações do BIFE (Boletim Informativo da Facom via E-mail). A última edição sob responsabilidade da docente foi publicada no último dia 24.

O BIFE é uma publicação obrigatória da disciplina Oficina de Assessoria de Impressa ministrada pela professora. Segundo ela eram feitas duas publicações por semestre a depender do envolvimento da turma. Seu propósito era divulgar ações da direção da Facom e exercitar a turma. As edições, que contavam com projeto gráfico de Robson Carneiro, eram enviadas por e-mail para professores, estudantes, técnicos da faculdade e a quem mais interessasse. Ao todo 5 turmas participaram deste projeto, que funcionava desde 2008.2. Com a aposentadoria da professor, fica a cargo do novo docente continuar ou não este trabalho.

Segundo a secretária do departamento, Aline Luisa Santos, a professora ainda não deu entrada no processo. “Enquanto ela não dar entrada no processo continua sendo escalada normalmente”, afirmou Aline. Além da professora Nadja também se afastam da Facom a professora Heloísa Gerbasi Sampaio, que já fez pedido de aposentadoria e o professor Sivaldo Pereira da Silva recentemente aprovado no concurso da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Última edição do BIFE

                                                                                                                 
                                                                                                                    Texto por Ailton Sena

Bastidores, novidades e despedidas

Redação a todo vapor!
Final de semestre é sempre uma correria. Bate aquela preocupação com avaliações, trabalhos para entregar, seminários... Todos ficam repletos de atividades para realizar e não é diferente com os alunos da redação do Facom News.
Nessa segunda e última edição houve uma maior cautela com os prazos. Todos os repórteres saíram em busca de informações para apurar e construir suas matérias a tempo. Os editores, por sua vez, fizeram as devidas alterações no que foi preciso, os pauteiros correram atrás de pautas relevantes e os editores-chefe auxiliaram nas edições de cada editorias. As funções e os cargos estão sendo exercitas com empenho por parte dos alunos para que nessa edição tudo dê certo. O clima é de empolgação e ansiedade.
Muitas novidades estão por vir não só no boletim mas também aqui no blog. Faremos a publicação de um perfil e uma entrevista ping-pong com personalidades faconianas no boletim. No blog, além das seções “O que eles pensam sobre” e “Conversa de quinta”, já existentes, estréia a seção “O que eles vestem” dedicada a revelar os mais autênticos e diversos looks dos estudantes da Facom. 


Repórteres, editores e pauteiros com as mãos na massa
   
Fiquem ligados! A última edição produzida pela turma 2010.2 estará disponível online a partir do dia 2 de dezembro, essa quinta-feira. Os últimos ajustes estão sendo realizados nessa terça-feira. Vocês poderão conferir um material rico em informação acadêmica e cultural produzido pela Facom e para a Facom. 


                                                     

Texto e fotos por Thuanne Silva e Ailton Sena
 


Confiram as fotos dos bastidores:

 

O que eles pensam sobre: ENEM 2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010


  Essa quinta o Blog Facom News estréia mais uma seção. "O que eles pensam sobre" já existe no boletim, mas agora você pode acompanhar o ponto de vista da população faconiana semanalmente e em vídeo.
 Como já especificamos no post anterior, o tema de hoje é o ENEM. Curiosos que somos, procuramos a estudante do BI de humanidades Thalita Fontoura, que pega disciplinas na Facom. Para relembrar, a seleção para ingresso nos BIs é feito pelo ENEM. Portanto, Thalita está mais do que por dentro das expectativas, dúvidas e decepções de quem depende do exame para entrar na faculdade.
                
                           

Não sabe do que Thalita está falando? Confere aqui:

Para se informar mais (ou não), visite o site oficial do exame.

Gostou? Acha que não é nada disso? Não se importa porque já entrou na faculdade? Deixa um comentário!

Por Thaís Borges e Flávia Faria

Conversa de Quinta: Deu tudo errado no ENEM!!

 Hoje o Blog Facom News vai fazer uma dobradinha: a já tradicional "Conversa de Quinta" e a seção estreante "O que eles pensam sobre" (confira no próximo post) vão tratar de um tema que vem esquentando a cabeça de muita gente pelo país: o ENEM.


 A proposta do ENEM é revolucionária. Ou, pelo menos, seria. Uma única prova que unisse alunos de todas as partes do Brasil e que possibilitasse aos vestibulandos concorrer a vagas de universidades distantes de sua residência sem uma custosa viagem. Desde o início, contudo, foram vários os problemas. Universidades que se recusavam a aderi-lo, uma realização imposta sem um período maior de transição ou adaptação, até problemas de segurança que culminaram no mítico roubo das provas na gráfica Plural, em 2009. Mudanças no discurso dos organizadores (inicialmente, o aluno poderia inscrever-se em cinco universidades, depois o número passou para três, e, finalmente, o número passou para uma mísera inscrição), erros no gabarito oficial, buscavam justificativa na falta de experiência do exame. Era o primeiro, afinal.
Disponível em: http://steniourbano.wordpress.com
 Em 2010, contudo, os problemas continuaram. Antes mesmo do exame anual (mais uma mudança de discurso, já que supostamente o ENEM passaria a ser realizado duas vezes no ano) acontecer, um falha no site do Inep divulgou dados de segurança dos participantes das três últimas provas (até então, 2007, 2008 e 2009). Ainda criou-se muita polêmica quando declarado que os alunos não poderiam usar lápis ou borracha, acessórios tão básicos no colégio para os alunos quanto o giz ou o pincel atômico do professor. Para fechar com chave de ouro, gabaritos invertidos (criando real confusão para os alunos) e erros em provas amarelas. O ENEM continua dando mostras de que o que começa mal (nesse caso, muito mal), raramente terminará bem.
 O Blog Facom News foi conversar com Rafael Barreto e Thaís Santana, do 2º semestre de jornalismo. Ambos fizeram o ENEM de 2008, na versão antiga, e o de 2009. Acompanharam, portanto, toda as dúvidas sobre a mudança do formato da prova, o adiamento por motivo de fraude e toda a confusão e expectativa que passa pela cabeça de um bom vestibulando.


Blog Facom News: O ENEM provou que o que começa mal termina mal?

Thaís Santana: Pelo que aconteceu ano passado deu pra perceber que eles [o INEP] começaram com uma organização terrível, as pessoas não entendiam a nova forma do ENEM, os alunos não sabiam como seria a substituição do vestibular, algumas faculdades adotaram, outras não. Por último, a questão das gráficas veio provar que o que começa mal termina mal.

Rafael Barreto: Eu não acho que tudo que comece mal termine mal. Se as coisas fossem bem organizadas, poderiam até começar mal, mas terminar bem. Não foi o caso do ENEM.

BFN: Para vocês, qual foi o PIOR erro do ENEM? Qual foi o maior disparate do exame?

TS: Eles não têm cuidado. É o segundo ano que ocorrem erros super graves. Não houve preocupação em analisar que ocorreram erros ano passado e que erros poderiam ser repetidos.
RB: Faltou esclarecimento, aproximação com o estudante. Mas o pior erro foi o da gráfica.

BFN: Especulava-se que o Fernando Haddad (ministro da Educação), tenha defendido tanto a realização do ENEM de maneira tão arbitrária porque planejava candidatar-se ao  governo de São Paulo. Assim, ficaria conhecido como “o homem que acabou com o vestibular”. O vestibular seria o monstro dos alunos. Um ano depois, Haddad não se candidatou a governador e ainda herdou milhares de pepinos para resolver gerados por seu próprio monstro gigante. Fica um questionamento:  até que ponto o vestibular é eficaz? E o ENEM? Porque tanto medo por parte dos estudantes?
Thaís e Rafael

TS: Acredito que a questão do medo tenha vindo da própria desorganização. Houve uma mudança de formato um ano para o outro de forma drástica e sem grandes esclarecimentos e ocorreram todos esses problemas. 
RB: Qualquer avaliação de um ou dois dias não é eficaz, mas não vejo outra saída.

TS: Não que não possa haver, mas até agora não conhecemos.  É realmente complicado avaliar em dois dias um aluno que teve uma vida escolar muito grande.

BFN: A prova do vestibular da UFBA é tida com uma das mais contextualizadas entre os vestibulares das grandes universidades. Inclusive, paulistas e sulistas já chegaram a comentar que a prova da Ufba é um martírio, a morte – ou seja, é uma prova de alto nível. Se o ENEM precisa tanto de contextualizações (supostamente, menos “decoreba”),  e, ainda assim, precisa ter um nível satisfatório (para que grandes universidades, como  USP e a Unicamp possam, um dia, cogitar usá-lo), não seria simplesmente mais fácil transformar a prova da UFBA no ENEM?

TS:  É uma prova de alto nível, mas é um martírio. É uma prova grande. São cinco alternativas (ou seis, ou sete!) para decidir se são verdadeiras ou falsas, mas se você errar uma já perde 50% da nota da questão. Não acho uma boa forma de avaliar um aluno. Mas há vários vestibulares pelo país, não conheço todos, mas acho que podem ser analisados para o ENEM adotar algumas estratégias que eles utilizam.

RB: Concordo com tudo que Thaís falou. A Ufba é um martírio! Não acho que seja o melhor para avaliar os alunos.

O "Conversa de Quinta" fica por aqui. Confiram o quadro novamente na semana que vem! =)

Por Thais Borges, Flávia Faria e Thuanne Silva

Estudantes e Professores debatem mudança na grade curricular do curso de produção Cultural


 No último dia 11, quinta-feira, no auditório da Faculdade de Comunicação, houve o debate entre alunos e professores sobre o tema da mudança curricular do curso de Produção Cultural. O encontro foi organizado pelo Centro Acadêmico e teve a participação de Giovandro Ferreira, diretor da Facom, Maurício Tavares, vice-diretor, e dos professores Sérgio Sobreira e José Severino, além dos estudantes interessados.

Foto por Val Benvindo
O debate começou com Giovandro Ferreira explicando aos alunos que a ideia de mudar a grade curricular surgiu após o Instituto de Humanidades, Artes & Ciências Professor Milton Santos (IHAC) procurar a Facom. A finalidade da aproximação foi a criação da área de concentração em Políticas Culturais para os alunos do BI. Dessa forma, surgiu a necessidade de se modificar o   foco em Produção Cultural, para que não haja dois cursos com o mesmo objetivo.

O esclarecimento das mudanças que irão ocorrer na grade curricular foi feito pelo Prof. Maurício Tavares. Ele listou as disciplinas que, segundo a reforma, entrariam na grade curricular, sendo a maioria oficinas. Ele também alertou para a falta de professores específicos para o curso de produção e deixou clara a vontade de criar mais vagas.

Em seguida os professores Sérgio Sobreira e José Severino explicaram qual seria o objetivo de cada matéria e como elas colaborariam para a formação profissional dos estudantes. Após a explanação houve o debate com os estudantes. Nesta parte, surgiram sugestões como a separação da matéria Oficina de Audiovisual em duas, mudanças na ordem das novas matérias obrigatórias e integração nos trabalhos entre estudantes de Jornalismo e Produção Cultural. Também foi criticado o excesso de teoria na matéria, supostamente prática, Oficina de Gestão Cultural.

A necessidade da mudança da grade foi apontada no debate como fator essencial para a identidade do curso, já que haverá a criação da área de concentração em Políticas Culturais. O projeto atual de mudança é um aprofundamento na reforma do fluxograma de 2007, que não chegou a ser aprovado. Ainda há necessidade de mais encontros e ações para concluir as mudanças propostas. A matéria na íntegra pode ser visualizada na próxima edição do boletim Facom News.

Por Marcelo Argôlo e Thais Motta

No ar, Facom News, após mais de quinze horas seguidas de produção!

sábado, 6 de novembro de 2010


Como dito no post anterior, qualquer pessoa com acesso à internet já pode conferir a primeira edição do Facom News comandada pela turma de Jornalismo 2010.2. Lançado às 23h30 min de quinta-feira (04/11), o boletim foi resultado de uma grande mobilização dos alunos e de sua orientadora, Lia Seixas.
As editorias foram cuidadosamente orquestradas e as matérias foram redigidas sob uma ótica plural e nem um pouco maçante (acredite!). De uma maneira geral, pode-se dizer que quase todas as matérias tiveram muitos consideráveis alguns imprevistos – portanto, é gratificante ver como os repórteres conseguiram contornar a situação.
A editoria Facom en scène traz detalhes da expectativa em torno do lançamento da última edição da revista Fraude, assim como torna pública a participação de alunos da Faculdade de Comunicação no memorável Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia. A editoria Acadêmico detalha o comentado Ciclos de Jornalismo (famoso pela participação do “Paulo Massa!”) e o curso do professor Eduardo Camilo, da Universidade da Beira Interior, de Portugal. As seções Infra e Produção ainda destrincham assuntos como o mitológico elevador do prédio e a baixa procura dos alunos ingressantes nas instâncias da faculdade pela Rádio Facom. E, para descontrair, confira também as seções O que eles pensam sobre e Twittadas =).
A nova proposta da Oficina de Comunicação Escrita é irreverente e inovadora. E, principalmente, desafia o leitor. Questione, exclame, discuta você também.
Para conferir o Facom News, é por aqui :)

Enquanto isso, na sala 08...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010


                 Dia de fechamento é estressante. Ou, pelo menos, é isso que as pessoas sempre dizem – e, agora, os alunos de Jornalismo da UFBA, da turma 2010.2, vão poder dizer isso também. Afinal, acho que é incontestável que o estresse de um passa para o outro, e para o outro, e para o outro, e um ciclo eterno é iniciado.

A chefe de reportagem da seção Acadêmico, Fabiana Guia, descansa em sua mesa.

Na sala, três estudantes estão deitadas de cabeça em suas mesas. Outra estudante entra na sala, bocejando. A professora, sempre tão dinâmica que parece ter engolido uma pilha (é a única explicação para tanta energia), agora surge com os olhos visivelmente sonolentos. Outros alunos tentam terminar seus afazeres, embora não pareçam ter muito ânimo. Uns estão na espera (precisam do consentimento da orientadora ou da conclusão de algum outro colega), enquanto outros correm contra o tempo – apesar de alguns correrem em slow motion.                           
                Claro, todos já imaginavam que o Facom News seria cansativo. Mas depois de quase três semanas (se for para contar desde o processo de criação do layout, embora a idealização tenha vindo muito antes disso), difícil seria prever que meus colegas de redação (!) estariam tão acabados. Talvez eu esteja exagerando, hahaha ;P. Mas talvez não. 

 Não acho que o cansaço seja um problema, ainda assim. Todos parecem crianças felizes quando pensam em ver seus trabalhos sendo expostos e avaliados e criticados e amados e ridicularizados e idolatrados.
                O blog não foi tão afetado pela correria, é verdade. Dizer que não foi tão afetado não significa não tenha sido. Eu ainda consigo lembrar de uma voz feminina falando afetuosamente, sem nenhuma pressão, algo como “Meninas! O blog precisa estar no ar até onze e meia!”. O blog já estava no ar, claro. Mas nós entendemos perfeitamente que ela se referia ao blog em definitivo, apresentável e, principalmente, utilizável.
Uma de minhas colegas, Cláudia Guimarães, estava particularmente nervosa. Percebi quando ela passou por mim, distraída e um tanto inquieta. “Eu tinha uma pauta sobre um curso que começou ontem (dia 04), na Facom (O Telejornalismo na Bahia: as transformações nos 50 anos da TV Itapoan). Por um erro de comunicação, não recebi um material que Lia havia mandado sobre o curso, e acabei ficando sem base para realizar a matéria”, explicou Cláudia. Lia Seixas, entretanto, disse que a pauta anterior deveria ser mantida. “Tive que escrever a matéria sobre o curso em cima da hora, mas Lia me deu o direcionamento para escrever a matéria” contou.
De pé, um dos editores-chefe, Victor Pinto, e a orientadora, Lia Seixas
 - nas palavras de Victor, a "patroa"

               Um dos diagramadores coçava a testa, enquanto conversava com um editor. Muito trabalho, coleguinhas. Muito trabalho. Quando comecei a escrever este texto, não achei que tudo fosse acabar com alguns de meus colegas, na companhia de Lia Seixas – claro –, saindo da Facom quase à meia-noite. Tudo isso para cumprir o prazo do Facom News – que, enfim, conseguiu ser lançado no dia 04 de novembro.
Fico por aqui, mas, para os colegas, digo que tudo só tende a piorar.  Talvez, no próximo, as pessoas desistam do fechamento para tentar lembrar o que a palavra "dormir" significa. Mentira (ou talvez não)! O Facom News  que está por vir (sim, até onde eu sei haverá pelo menos mais um até o fim do semestre) tem tudo para ser muito mais emocionante, porque, modéstia à parte, meus colegas fizeram um ótimo trabalho. 

Em nome do blog quero dar os parabéns a todos que se esforçaram tanto neste projeto único. Citarei aqui: Juliana, Lais, Marcelo, Victor, Wesley e Yasmin. Não porque o trabalho deles tenha sido melhor que o seu (ou melhor, que o nosso). Mas sim porque eles, que foram os que ficaram até tão tarde na Facom, foram escolhidos para representar todos vocês – que tiveram, talvez, tanto trabalho quanto –, já que nunca dá para dizer o nome de todo mundo.
Para você, leitor do blog, que porventura não tenha nada a ver com o boletim, posso  garantir  que o trabalho de todos valeu muito a pena. E, caso você queira conferir por si mesmo, é só clicar  aqui.
Divirtam-se. ;)

                                                                                                                          Por Thais Borges

Conversa de Quinta: Alunos de jornalismo da Facom falam sobre polêmica no twitter

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Essa é a mais nova seção do Blog Facom News. Todas as quintas-feiras bateremos um papo descontraído com alunos da Facom sobre diversos assuntos. 

    No último domingo (31), as redes sociais da internet viraram palco para as ofensas e incitações à violência. Após o resultado da votação favorável à candidata do PT, Dilma Roussef, a aluna de direito, Mayara Petruso, postou inúmeros insultos destinados aos nordestinos, por ter sido um eleitorado forte e favorável a eleição da candidata do treze.
     Tudo começou com a frase: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado”. Em seguida outros usuários do twitter e facebook, redes sociais da internet, começaram uma discriminação em massa. Enquanto, do outro lado, os ofendidos se defendiam. E tudo isso em 140 caracteres!

Crédito: Blog Vooz.com.br/Blog do Jex
    A nossa Conversa de Quinta, dessa quinta, convida os alunos da Universidade Federal da Bahia, do curso de jornalismo e nordestinos, Diego Barreto e Marina Baruch, ambos usuários dessas redes sociais da internet, para baterem um papo e nos contar sobre o que acham dessa polêmica que estampou as capas de jornais.

Blog Facom News: E agora? Será certo “xingar muito no twitter”?

Editoras do Blog Facom News e os convidados Marina e Diego
Marina Baruch: (Uma breve pausa) Pode pensar um pouquinho? (Risos). Eu acho que só é certo “xingar muito no twitter”, quando você não ofende outras pessoas. É válido quando você deseja fazer uma reclamação sobre um serviço, como por exemplo, de restaurante ou passagens aéreas que não te agradou. O que não é aceitável é difamar a imagem de outras pessoas nessa rede social.  
 Diego Barreto: Algumas pessoas têm o twitter para uso pessoal, já outras utilizam a ferramenta para expor idéias sobre variados assuntos. Mas no caso da Mayara foi uma tremenda besteira. Ela não “xingou muito no twitter” para desabafar, pelo contrário, surtiu como uma ofensa.
  
Blog Facom News: Vocês poderiam nos contar se fizeram parte dessa grande maioria e também votaram em Dilma?
 
Marina Baruch: Votei em Dilma.
Diego Barreto: Eu sabia que Dilma iria ser eleita, mas não quis fazer parte da grande maioria. Votei nulo. Mas entre José Serra e Dilma, fico com ela.

BFN: A repercussão se deu por conta da votação favorável à candidata Dilma Roussef, no nordeste. Caso, José Serra fosse eleito presidente, os nordestinos deveriam se revoltar e proibir os paulistas no carnaval de Salvador?

MB: Antes eu achava que não, mas agora eu até acho que seja uma boa opção. (Risos)
DB: Não, não. Eu Acredito que nem todos os paulistas tenham essa postura discriminatória.
MB: Ok, falando sério, eu acho que não deveria. Afinal, nós somos pessoas superiores, não nos importamos se ela é desse jeito. Cada um dá o que tem. Se for isso que a Mayara tem para dar, é uma pena. Nós temos mais para oferecer. Na verdade, deveria vender o abadá e colocar uma plaquinha pendurado no pescoço de todos eles: “Sou Paulista, estou na Bahia”. (Risos) 

BFN: Como diz aquele ditado popular “quem fala o que quer, ouve o que não quer”. A estudante de direito Mayara Petruso, disse o que pensava no twitter, sem medir os efeitos que poderiam causar. Se vocês tivessem a oportunidade de colocar a boca no trombone e falar algo para a ela, o que seria?

DB: A pergunta que todos nossos conterrâneos fazem: se somos burros em colocar Dilma Roussef no poder, então escolher Tiririca como deputado quer dizer o quê?

BFN: Sejam sinceros: vocês fariam comentários como os da Mayara Petruso (para os sulistas, no caso)? Se já fizeram, por favor, NÃO NOS CONTEM! 

MB: Olha, se eu conhecer alguém que seja do sul/sudeste e que seja ruim, ao ponto de eu achar que realmente deve morrer afogado, não significa que todas as pessoas dessas regiões precisam morrer da mesma forma, não é? 

BFN: As reações a comentários racistas como os da Mayara Petruso e seu séquito no Twitter são diferenciadas: existem aqueles que não dão a mínima, tanto quanto existem aqueles exaltados, que quando vêem coisas assim, também se dispõem a lançar uma bomba nos paulistas. Eu não dou a mínima, mas não porque "quem cala consente”, ou qualquer coisa do tipo, pelo contrário, mas porque não dou a mínima mesmo. Alguém tem que puni-la, mas esse alguém não sou eu. E quanto a vocês?
 
MB: Com certeza ela deve ser punida, mas não cabe a nós, cidadãos, fazermos isso. É papel da justiça e não nosso. Mas acho válido darmos nossa opinião em dizer que ela está errada. Ela excluir esses comentários infames não significa arrependimento, mas vergonha. Na posição dela, qualquer deveria sentir, no mínimo, vergonha.

E nossa conversa fica por aqui. Até a próxima quinta!