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Conversa de Quinta: Alunos de jornalismo da Facom falam sobre polêmica no twitter

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Essa é a mais nova seção do Blog Facom News. Todas as quintas-feiras bateremos um papo descontraído com alunos da Facom sobre diversos assuntos. 

    No último domingo (31), as redes sociais da internet viraram palco para as ofensas e incitações à violência. Após o resultado da votação favorável à candidata do PT, Dilma Roussef, a aluna de direito, Mayara Petruso, postou inúmeros insultos destinados aos nordestinos, por ter sido um eleitorado forte e favorável a eleição da candidata do treze.
     Tudo começou com a frase: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado”. Em seguida outros usuários do twitter e facebook, redes sociais da internet, começaram uma discriminação em massa. Enquanto, do outro lado, os ofendidos se defendiam. E tudo isso em 140 caracteres!

Crédito: Blog Vooz.com.br/Blog do Jex
    A nossa Conversa de Quinta, dessa quinta, convida os alunos da Universidade Federal da Bahia, do curso de jornalismo e nordestinos, Diego Barreto e Marina Baruch, ambos usuários dessas redes sociais da internet, para baterem um papo e nos contar sobre o que acham dessa polêmica que estampou as capas de jornais.

Blog Facom News: E agora? Será certo “xingar muito no twitter”?

Editoras do Blog Facom News e os convidados Marina e Diego
Marina Baruch: (Uma breve pausa) Pode pensar um pouquinho? (Risos). Eu acho que só é certo “xingar muito no twitter”, quando você não ofende outras pessoas. É válido quando você deseja fazer uma reclamação sobre um serviço, como por exemplo, de restaurante ou passagens aéreas que não te agradou. O que não é aceitável é difamar a imagem de outras pessoas nessa rede social.  
 Diego Barreto: Algumas pessoas têm o twitter para uso pessoal, já outras utilizam a ferramenta para expor idéias sobre variados assuntos. Mas no caso da Mayara foi uma tremenda besteira. Ela não “xingou muito no twitter” para desabafar, pelo contrário, surtiu como uma ofensa.
  
Blog Facom News: Vocês poderiam nos contar se fizeram parte dessa grande maioria e também votaram em Dilma?
 
Marina Baruch: Votei em Dilma.
Diego Barreto: Eu sabia que Dilma iria ser eleita, mas não quis fazer parte da grande maioria. Votei nulo. Mas entre José Serra e Dilma, fico com ela.

BFN: A repercussão se deu por conta da votação favorável à candidata Dilma Roussef, no nordeste. Caso, José Serra fosse eleito presidente, os nordestinos deveriam se revoltar e proibir os paulistas no carnaval de Salvador?

MB: Antes eu achava que não, mas agora eu até acho que seja uma boa opção. (Risos)
DB: Não, não. Eu Acredito que nem todos os paulistas tenham essa postura discriminatória.
MB: Ok, falando sério, eu acho que não deveria. Afinal, nós somos pessoas superiores, não nos importamos se ela é desse jeito. Cada um dá o que tem. Se for isso que a Mayara tem para dar, é uma pena. Nós temos mais para oferecer. Na verdade, deveria vender o abadá e colocar uma plaquinha pendurado no pescoço de todos eles: “Sou Paulista, estou na Bahia”. (Risos) 

BFN: Como diz aquele ditado popular “quem fala o que quer, ouve o que não quer”. A estudante de direito Mayara Petruso, disse o que pensava no twitter, sem medir os efeitos que poderiam causar. Se vocês tivessem a oportunidade de colocar a boca no trombone e falar algo para a ela, o que seria?

DB: A pergunta que todos nossos conterrâneos fazem: se somos burros em colocar Dilma Roussef no poder, então escolher Tiririca como deputado quer dizer o quê?

BFN: Sejam sinceros: vocês fariam comentários como os da Mayara Petruso (para os sulistas, no caso)? Se já fizeram, por favor, NÃO NOS CONTEM! 

MB: Olha, se eu conhecer alguém que seja do sul/sudeste e que seja ruim, ao ponto de eu achar que realmente deve morrer afogado, não significa que todas as pessoas dessas regiões precisam morrer da mesma forma, não é? 

BFN: As reações a comentários racistas como os da Mayara Petruso e seu séquito no Twitter são diferenciadas: existem aqueles que não dão a mínima, tanto quanto existem aqueles exaltados, que quando vêem coisas assim, também se dispõem a lançar uma bomba nos paulistas. Eu não dou a mínima, mas não porque "quem cala consente”, ou qualquer coisa do tipo, pelo contrário, mas porque não dou a mínima mesmo. Alguém tem que puni-la, mas esse alguém não sou eu. E quanto a vocês?
 
MB: Com certeza ela deve ser punida, mas não cabe a nós, cidadãos, fazermos isso. É papel da justiça e não nosso. Mas acho válido darmos nossa opinião em dizer que ela está errada. Ela excluir esses comentários infames não significa arrependimento, mas vergonha. Na posição dela, qualquer deveria sentir, no mínimo, vergonha.

E nossa conversa fica por aqui. Até a próxima quinta!

1 aspas:

Anônimo disse...

Muito boa!Arrasaram! Tanto entrevistadora quanto entrevistados.. ;)

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